2.09.2007

Retrato De Uma Alma Envelhecida

Esse poema é de uma grande amiga minha. Um poema que sempre me chamou muita atenção e sempre me fez parar pra pensar e refletir. Acho justo que coisas belas como essa sejam divulgadas. Então resolvi postá-lo aqui, claro que com a autorização da autora. Os créditos do poema vão para Sylvia de Sá, que com muita inteligência, criatividade e inspiração escreveu, em poucas linhas, uma das coisas mais bonitas que já li (sem querer ser puxa-saco).

Retrato De Uma Alma Envelhecida

E chega uma hora em que o homem – cansado – olha para dentro e desperta
O que fizera da vida? Nenhum amor, lágrimas secas, apenas alguns sonhos enferrujados.
Em seu mundo de concreto, não encontra olhar algum que lhe traga cor.
Precisa de ar – lhe é negado
Precisa gritar – encontra-se mudo
Apenas ecoa dentro de si mesmo um pedido de socorro, uma lamúria.
O homem envelhecido vê surgir as marcas de uma vida mal-vivida
Uma existência em vão
Não há mais o que fazer agora
A esperança – que era a última a morrer – deita-se sobre nuvens cinzentas
Uma lágrima escorre em sua face
O prelúdio do fim de um ciclo
Muito tarde, ele despertou...


Poema de Sylvia de Sá
Postado por Rodrigo Erthal

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