9.27.2007

As Muitas Faces Da Noite/050606


Passaram-se 4 minutos desde que você saiu pela porta
E eu tardiamente, perdido... Desastre!
Esqueci, mas lembrarei sempre que puder.
Andei em novas colunas eternas
E eu me senti um pouco melhor
As paradas andam, e os andares se solidificam.
E um pulo... Acaba com tudo.
Nem que os anjos voem,
E nem que os cajados curem, eles não o fazem.
A vida segue curta pelo fio das horas
E os alarmes seguem numa noite sem fim
Toda visão límpida é estranha
Estamos acostumados a ver tudo com máscaras.
E a delinquência mora livremente nos corações
Moram na minha geração perdida
Ela deixa que o mar seja o seu crepúsculo marinho...
Nada mais do que a saudade da luz passando pelos frestos da porta!

9.25.2007

Um Pedido De Desespero >> 13/4/2006

Eis o que deveríamos ter feito
Há muito tempo atrás
Deveríamos ter jogado fora essas amarras
E libertado nossas almas

Eis o que o Mundo deveria ter feito
Há muito tempo atrás
Deveria ter nos libertado
Cortado essas cordas dos nossos corações

Então, abrem as portas para um novo começo,
E nos cobram pela entrada
Cobram um preço alto, não consegui alcançar.
Roubaram-nos a escada!

O tombo dos montes foi fantástico!
Quilômetros e quilômetros de rochas e concreto.
Tudo veio abaixo.
Tudo veio ao mar
Que também secava aos poucos.

Sabe no que eu acabei de pensar?
Dou uma única pista!
Não?!
Sentimento!
Essa é a idéia que não nos sai do pensamento
A carência de ser sem estar!
A carência de quem vos escreve!
A solidão do mundo!
A MINHA solidão.

Na essência nem somos muito
Somos apenas um bando de bárbaros
Sem noção e sem habilidades
Ou melhor, habilidades demais pra quem nunca soube como usá-las.

Do desentendimento e da extrema confusão.
Nascem os novos gênios, mas sinceramente!
Os únicos gênios dessa vida, você e eu.
O resto não passa de um bando de mentirosos

Há muito tempo venho olhando,
Estudando, perpetuando a espécie.
De uma maneira descordenada.
Mas... Desconcertante!

A tocha me vem sendo passada há gerações
E o que foi que eu fiz?
Até o presente momento nada
Até o presente momento eu vivi, nada demais!

Sem sentido e sem razões.
Sem pressa e sem conexões
Sem entendimento e sem corações
Sem olhos e sem orações

A linha de raciocínio não pode se perder
Já que a linha do horizonte nem podemos mais ver
O sol se esconde à noite
Mas tudo foi feito pelo sol
A lua se esconde durante o dia
Ela, o cavaleiro e o dragão.

Dias de sol, eu os deixei para trás.
Dias de luta, eu os deixei para trás.
Dias de euforia, eu ainda os enfrento.
Dias de solidão, eu ainda os enfrento.
Dias artificiais, eu ainda os enfrento.
Dias de alegria e de bem estar,
Voltem logo para mim.

É um pedido de desespero!

É um pedido desesperado.


By Diego Camargo

9.23.2007

Um Pedido De Ajuda/120406

Um texto meu bem antigo, tempos difíceis, resolvi abrir o baú e compartilhar!



Esta noite a melancolia e a tristeza infinita
Não me alcançarão
E a beleza guardada em meu coração
Ali ficará
Não há nada pra ver, nem fazer.
Não há mais sentimentos para serem provados
Fiquei preso, entre uma tênue linha.
Amor e ódio.
Acabei me transformando no zero do seu 10.
Acabei sendo o que nunca quis ser.
E por estas bandas isso não faz muito sentido
Você me diz não, e um sim a um outro alimento da alma.
Eu fico às mágoas, a míngua, ao léu, como um véu no cavaleiro sem cabeça.
Sem sentido, e sem utilidade.
Quase como uma bala com asas, para que voe ainda mais,
E parta outro coração!
Como fizeste com o meu.

E quando finalmente a recuperação começa a fazer parte de mim
Você volta, diz olá, e vai embora.
E me deixa o gosto amargo da inocência perdida
E me diz que tenho que ser forte, quando todos sabem o quão frágil sou.
Sou o que sou, e não sei se vou mudar algum dia.
Quem sabe no meio de uma tempestade torrencial
Quem sabe no meio da Avenida Central
Quem sabe no inferno!
Para perdoar e ser perdoado.
Para ofender e ser ofendido.
Para suprir os espaços com algo novo.
Para ser novamente um tolo na colina.
Para novamente ser o que esperam que eu seja.
Eu sou quem sou.
Um anjo caído
Alguém esquecido.
Um vidro vazio.

Eu me lembro muito bem de como é não ter ninguém ao meu lado
Sempre foi assim, e temo do fundo do meu coração partido que assim seja eternamente.
Eu nem queria ser muito.
Só especial, pelo menos pra alguém.
Uma canção na sua cabeça.
Uma foto na sua memória.
Um cheiro na sua lembrança.

Mas quer saber? Os seus erros não me farão desistir.
Os seus enganos não me farão ser um alguém menor.
Só porque eu tentei bem mais? Só porque eu amei bem mais?
Destrua o corpo, destrua a mente, você pode até destruir meu coração.
Mas você nunca, nunca, destruirá a mim, nunca!
Eu sou imortal e invencível.
Eu sou tudo o que os outros nunca conseguirão ser.
Eu não preciso de você!
Eu não preciso de você!
Eu não quero mais você!
Mas eu ainda penso muito em você!

O meu amor próprio não vai mais me permitir ser rebaixado
O meu coração pulsou e tomou as rédeas da situação
O amor?
Se existe, será enterrado.
E só será descoberto por quem realmente o queira.
Não vou mais jogar minha alma no lixo e o coração contra a parede.
Só haverá uma saída, e não é essa que você está pensando!
Se, é que ainda pensa em mim.

Eu vi os desejos da vida e um futuro brilhante.
Eu ganhei os louros da fama e desisti de viver
Eu retomei a vingança do meu corpo
Eu voltei do mundo dos mortos
Para viver, para botar as contas do dia em ordem.
Mas porque será que o Cupido continua me flechando como sempre?
Isso é maldade demais.
Será que ele gosta de me ver sofrer?
Ou será que sou eu que me engano todas às vezes?

Eu já dei uma olhada pra dentro de mim mesmo
E tudo o que vi foi o negro vazio
Igual ao que eu via quando era criança e fechava os olhos com força
Com tanta força que a minha cabeça doía.
Mas valia a pena, como valia!
Tantas formas, tantos volumes, tantas novidades, de um novo mundo.
Um mundo que era meu, mas mesmo assim diferente.
E sem precisar fugir da realidade
Sem amar coisas pra tentar se tornar alguém ou algo.
Se você é 10 eu sou 100.
E eu não vou negar que a dor que sinto quase me mata todo santo dia.
Eu não vou negar que o meu mundo desabou
Eu caí, me pisotearam, e você?
Está de pé!

Mas nem tudo se perdeu!
Uma leve insegurança ficou,
Um medo infantil de perder,
Uma necessidade de ser amado e amar.
Eu sei quem sou, e nem sempre gosto do que vejo.
Eu escuto os murmúrios da minha alma
E eles me dizem pra me afastar
Pra tentar, pra ficar distante,
Pra mandar tudo se fuder.
Será que eu consigo?
Até agora a única coisa que consegui foi ficar de pé depois de muito tentar
Ser...
O ser...
Um ser...
Que ainda não achou o que procura
E que procura desesperadamente!
Este é um pedido urgente de socorro

Por favor!
Ajude-me a encontrar!

9.09.2007

Roger Dean