9.25.2007

Um Pedido De Desespero >> 13/4/2006

Eis o que deveríamos ter feito
Há muito tempo atrás
Deveríamos ter jogado fora essas amarras
E libertado nossas almas

Eis o que o Mundo deveria ter feito
Há muito tempo atrás
Deveria ter nos libertado
Cortado essas cordas dos nossos corações

Então, abrem as portas para um novo começo,
E nos cobram pela entrada
Cobram um preço alto, não consegui alcançar.
Roubaram-nos a escada!

O tombo dos montes foi fantástico!
Quilômetros e quilômetros de rochas e concreto.
Tudo veio abaixo.
Tudo veio ao mar
Que também secava aos poucos.

Sabe no que eu acabei de pensar?
Dou uma única pista!
Não?!
Sentimento!
Essa é a idéia que não nos sai do pensamento
A carência de ser sem estar!
A carência de quem vos escreve!
A solidão do mundo!
A MINHA solidão.

Na essência nem somos muito
Somos apenas um bando de bárbaros
Sem noção e sem habilidades
Ou melhor, habilidades demais pra quem nunca soube como usá-las.

Do desentendimento e da extrema confusão.
Nascem os novos gênios, mas sinceramente!
Os únicos gênios dessa vida, você e eu.
O resto não passa de um bando de mentirosos

Há muito tempo venho olhando,
Estudando, perpetuando a espécie.
De uma maneira descordenada.
Mas... Desconcertante!

A tocha me vem sendo passada há gerações
E o que foi que eu fiz?
Até o presente momento nada
Até o presente momento eu vivi, nada demais!

Sem sentido e sem razões.
Sem pressa e sem conexões
Sem entendimento e sem corações
Sem olhos e sem orações

A linha de raciocínio não pode se perder
Já que a linha do horizonte nem podemos mais ver
O sol se esconde à noite
Mas tudo foi feito pelo sol
A lua se esconde durante o dia
Ela, o cavaleiro e o dragão.

Dias de sol, eu os deixei para trás.
Dias de luta, eu os deixei para trás.
Dias de euforia, eu ainda os enfrento.
Dias de solidão, eu ainda os enfrento.
Dias artificiais, eu ainda os enfrento.
Dias de alegria e de bem estar,
Voltem logo para mim.

É um pedido de desespero!

É um pedido desesperado.


By Diego Camargo

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